Psicóloga Fernanda Balthazar
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Autocrítica: Desvendar as múltiplas faces da autodefesa psicológica
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A **autocrítica**, também conhecida como **autodefesa psicológica** é um mecanismo de defesa psicológica primária. Através da análise dessa técnica de defesa, compreendemos melhor a dor e a autoconsciência em que nos movimentamos. Essa estratégia nos protege de cansaços emocionais mas podem ser destrutivas à longo prazo. Conheça como funciona a autocrítica e como se pode lidar com ela.
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É preciso dizer de que autocrítica e **autodefesa psicológica** estão diretamente relacionadas, porém, elas não são a mesma coisa. Segundo Bettelheim (1974), os psicanalistas costumam entender essa defesa em como uma barreira que protege a personalidade contra as sensações de frustração.
A **autodefesa psicológica** se configura como uma tentativa de negar o trauma em seu aspecto objetivo, de maneira a não ter que enfrentá-lo. É essencial destacar que é preciso atentar quando estamos analisando um mecanismo que, na verdade, podem ser diversas autodefesas (ou mecanismos defensivos) em cadeia ou de modo interligado entre si, em processo continuo e complexo de reação em cadeia.
A **autocrítica**, por sua vez, está diretamente relacionada às formas inadequadas em que os indivíduos tratam suas frustrações interpessoais. Quanto mais fraco o caráter da pessoa, mais forte se apresentará esse processo de **autoabuso emocional**.
**O funcionamento da autocrítica:** Entendendo a defesa psicológica primária
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Quando é colhida como reação ante uma frustração interpessoal, a pessoa reage ao indivíduo considerado agressor ou irritante com uma reprovação. É percebido que a autocrítica pode ser vista como uma manifestação de consciência em potencial negativa e como se a própria personalidade fosse a causadora das frustrações vivenciadas ao longo do dia, não reconhecendo-se o potencial de o outro ter fatores de desigualdade que geram respostas impulsivas em suas relações.
A defesa primária gera sentimentos agressivos e, então, o autoabuso aparece na forma de condenação ou punição do sujeito. Esse processo faz com que a pessoa culpabilize-se mesmo das ações da outra. Nesse sentido, percebe-se como o indivíduo tenta desfazer os sentimentos agressivos apresentando uma atitude submissa e de autoabuso, na tentativa de neutralizar as possíveis retaliações e rejeições.
Apesar disso, não quer dizer que todas as autodefesas psicológicas estejam diretamente relacionadas a um evento particular:
1. Existem muitos mecanismos defensivos em cadeia, de maneira a impedir a percepção e o reconhecimento do que aconteceu ou está acontecendo no momento. Esse processo é algo muito comum em processos de relacionamento, sendo possível identificar muitas autodefesas nos momentos mais críticos das interações entre indivíduos.
2. É preciso analisar cada autodefesa com detalhe para evitar erros em julgamentos de natureza simplistas, pois as defesas têm fortes raízes em eventos passados. O reconhecimento dessa dimensão dá a opção de trabalhar a profundidade das repercussões.
3. Quanto mais o autoabuso e o abandono da autonomia estiverem ligados às frustrações e sentimentos de fraqueza, maiores serão as chances de não ter uma autodefesa totalmente objetiva, e, assim, menos conhecedor será o indivíduo sobre seu próprio processo.
Em conclusão, a análise da **autocrítica** e sua interação com os mecanismos defensivos, permite-nos entender melhor um aspecto essencial de uma pessoa que enfrenta problemas relacionais: o autoabuso emocional. Porém, além disso, abordar a autodefesa nos casos extremos de autocrítica pode revelar como são processadas as emoções em suas interações com o entorno e quais as principais tendências que possibilitam a perpetuação do **autoabuso emocional**.
Ter conhecimento sobre esse tema é importante para os profissionais que atuam na área da saúde mental, pois auxilia no trabalho de recuperação de pessoas que enfrentam processos autocríticos. Essa análise também ajuda em uma compreensão mais profunda do funcionamento interpessoal das relações, pois evidencia aspectos da defesa psicológica que podem estar gerando ciclos negativos de abuso e agressividade.
**Casos relacionados:** Trabalhando a autodefesa: entendendo as repercussões em casos diversificados
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Não existem apenas casos de autoabuso emocional que envolvem o **autoabuso e auto-desprezo**. Outros exemplos conhecidos e importantes envolvem a autocrítica. Vamos analisar três exemplos: o caso do paciente emocionalmente abusivo, a escolha da terapia e o desenvolvimento das autodefesas primárias.
*O paciente emocionalmente abusivo*: É comum que pacientes que vivenciam em relacionamentos emocionalmente abusivos exibam **autocrítica**. Tal fato ocorre porque as pessoas não estão se identificando e reconhecendo suas capacidades como valiosas, por terem passado por períodos em que foi negada a autonomia e a identidade. Além disso, tal situação favorece a perpetuação do abuso pois os pacientes perdem sua referência de que pode haver um tratamento adequado nas interações afetivas. É importante apontar para essas pessoas a necessidade de um contato com profissionais de saúde, a fim de evitar o esgoto emocional continuado que se enraiza e torna cada vez mais difícil recuperar-se do abuso vivido.
*A escolha da terapia*: Quando trabalhamos com as necessidades psicológicas das pessoas, devemos ter em mente que as formas pelas quais eles buscam ajudá-las podem ser indicativas do que se passa na psique. Quanto mais alguém apresenta **autocrítica**, mais importante é que tenham uma abordagem que favoreça o trabalho terapêutico que visa identificar os aspectos que deixaram as emoções desequilibradas daquele indivíduo. A abordagem deve favorecer a compreensão dos padrões do comportamento, as possíveis causas desses padrões e o caminho mais eficaz para que sejam solucionados os transtornos emocionais existentes.
*Desenvolvimento das autodefesas primárias*: Quando tratamos do processo de **autocrítica** com o crescimento pessoal, é importante identificar como tal mecanismo surge ao longo do desenvolvimento da criança e o modo pelos quais a atitude que ela apresenta influencia os relacionamentos de adulte. É preciso verificar o quanto essas autodefesas estão presentes nas relações intra e inter pessoais, como também a evolução dos mesmos ao longo do tempo para compreender melhor seu efeito sobre as expectativas e possibilidades em cada fase de vida.
Compreendemos que o **autoabuso emocional** é mais comum no que diz respeito à relação entre autocrítica e autoabuso, já que se observam muitos exemplos onde pessoas estão desvendando sua identidade e atitudes na tentativa de fazerem os outros se sentirem melhores por eles.
Esses três casos são apenas alguns exemplos sobre o que podemos observar no funcionamento da autocrítica em diversos contextos. No entanto, temos que ter em mente que todos os exemplos de autoabuso são complexos e apresentam aspectos inesperados, pois o que se busca é compreender a motivação que leva o indivíduo a fazer algo que não quer ser o próprio comportamento. É preciso reconhecer que todo casos apresentam dimensões de autoabuso emocional que possibilitam entender melhor o complexo fenômeno humano, tanto a luz dos relacionamentos quanto da saúde mental do indivíduo.
Em conclusão, percebemos que autodefesas e mecanismos defensivos primários têm uma estreita ligação com o autoabuso emocional. No entanto, muitas vezes esse aspecto é ignorado ou desconsiderado na tentativa de tratar as pessoas que apresentam ciclos de agressão efraturada em relação às frustrações vividas em um ambiente específico.
Portanto, é essencial ter no corpo do trabalhador psicológico a informação necessária para compreender o complexo mecanismo do **autoabuso emocional**, e os principais exemplos que mostram como as pessoas buscam se libertar das repercussões de seu passado e evitar a perpetuação destes transtornos psicológicos. Quanto mais profundo for o conhecimento dos mecanismos defensivos, maior a probabilidade de ter um abordagem que visasse evitar recaídas no tratamento do autoabuso e emocional de quem sofre por conta própria o processo.
Fazer uso do **autoabuso emocional** como uma estratégia defensiva primária pode ser prejudicial ao desenvolvimento emocional e à manutenção da identidade. Quanto mais esses mecanismos se tornam um hábito no indivíduo, maiores são as chances de perpetuar comportamentos que não favorecem o autoentendimento. E, ao mesmo tempo, diminuem a possibilidade de desenvolvimento da empatia e conscientização própria para reconhecer quais são os padrões de relacionamento que prejudicam o entendimento da autoconsciência na comunicação com o outro.
Aprenda a autocrítica e como usá-la para o seu crescimento pessoal e profissional. Descubra os benefícios e técnicas de auto-avaliação para alcançar suas metas.
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