Psicóloga Propósito de Vida - Desenvolvimento e Acompanhamento

Desvendar o seu propósito de vida com a Psicóloga Fernanda Balthazar

O propósito de vida é o sentido que dá direcionalidade às ações humanas. Ele representa um propósito elevado ao que as pessoas aspiram, um sonho, uma visão ou algo mais simples, como um passatempo ou atividade que deixaria a pessoa satisfeita com sua vida. Este texto tem por objetivo apresentar o trabalho da psicóloga que desenvolve e acompanha essa dimensão humana no contexto profissional, trazendo uma abordagem teórica, metodológica e clínica sobre o assunto.

1. Teoria da Motivação

A teoria da motivação está em constante mudança, já que ela tenta se adaptar às demandas do ambiente social, que mudam rapidamente nos dias de hoje. A evolução das teorias da motivação ocorreu sobretudo após a primeira metade do século XX e se tornou um campo essencial na psicologia empresarial. Essas teorias abrangem diferentes aspectos da motivação, tais como necessidades, motivadores, comportamentos e personalidades, que, por sua vez, são fundamentais para comprender o propósito de vida da pessoa.

Nesse sentido, alguns autores propuseram modelos teóricos sobre motivação organizacional com a finalidade de orientar os pesquisadores nessa área e também contribuir com a prática. Como exemplo, podemos citar o modelo do auto-determinismo, baseado no conceito de autodeterminação; o modelo hierárquico, que postula a existência de uma ordem em que as necessidades humanas se inserem em cinco categorias; e os teoritos da motivação organizacional.

2. Desenvolvimento do Propósito de Vida

É possível considerar o desenvolvimento do propósito de vida como um processo natural que sofre influências de vários fatores internos e externos da pessoa, a serem avaliados com base na perspectiva histórica de seus estados e consciências de seu tempo vitalício. Nesse sentido, três fases podem ser identificadas no desenvolvimento do propósito de vida: a fase de aprendizado (2-7 anos), a adolescência e o adultez.

Na primeira fase, chamada "aprendizado", a pessoa começa a estabelecer sua identidade, já que passa a criatividade e interação com os outros. Nessa época, as motivações da criança são dominadas pela vontade de descobrir novas coisas e adquirir novos comportamentos. É nesse momento que a pessoa inicia seu desenvolvimento de propósitos de vida, embora muitas vezes os mesmos sejam postergados para a idade adulta por várias questões, como pressão social e escolhas erradas.

A segunda fase do desenvolvimento do propósito de vida ocorre entre 8 e 17 anos de idade, período em que a adolescente sofre mudanças na estrutura neuronal, nos níveis hormonais e nos mecanismos psicossociales. Nesse momento, as motivações da adolescência são orientadas principalmente pela necessidade de reconhecimento e identificação dos valores pessoais, em busca de se tornar independente do que é imposto por seus progenitores ou por outras instituições. Esse período da vida é de extrema importância para o desenvolvimento do propósito de vida, uma vez que ainda há a possibilidade de corrigir escolhas mal tomadas na infância.

Por fim, a terceira fase, denominada adultez, é o período em que a pessoa tem a responsabilidade de atender aos próprios propósitos de vida criados durante a adolescência. Essas expectativas são muitas vezes comprometidas pela realidade econômica, pela busca constante por sucesso e por fatores inerentes à sociedade em que vivemos, o que dificulta que o indivíduo encontre a sua verdadeira vocação e saiba se alcançou seus objetivos.

3. A Psicóloga e o Propósito de Vida

A psicóloga pode ajudar na identificação do propósito de vida da pessoa, acompanhando-a durante essa jornada. No entanto, alguns especialistas argumentam que uma pista importante para o desenvolvimento e realização de um bom propósito de vida é basear esse em uma série de elementos fundamentais à sua existência. Esses elementos podem ser:
1) Buscar alinhamento entre o seu propósito e os objetivos;
2) Ser motivado pelas ações das outras pessoas em seu mundo e reconhecer quando você tem um propósito genuíno e que te inspiram e motiva. Além disso, há também evidências de que o propósito da vida também se relaciona positivamente com aspectos psicológicos como satisfação pessoal, realização emocional, saúde mental e, até mesmo, saúde física.

Nesse contexto, a Psicóloga Propósito de Vida deve

1) Iniciar um diálogo que promova uma maior reflexão sobre o propósito da vida e seus significados;
2) Contribuir para o enraizamento das teorias desenvolvidas no âmbito dos conhecimentos do indivíduo sobre o seu propósito de vida e acompanhar as etapas de identificação dessa realidade.
3) Identificar as áreas de vida que têm maior significado para essa pessoa, considerando os valores e prioridades assumidas e verificar como essas áreas influenciam a conduta humana.
4) Realizar atividades de coaching, orientação, grupos de apoio e terapia psicológica, se necessário, no desenvolvimento do propósito de vida da pessoa, além de contribuir para o reconhecimento das motivações que estão detrás desse propósito.
5) Auxiliar na elaboração e avaliação dos objetivos propostos pelo indivíduo em busca de seu propósito de vida, garantindo o cumprimento deles.
6) Promover uma relação intersubjetiva com a pessoa que deseja encontrar ou desenvolver seu propósito de vida, evidenciando o papel da motivação nesse processo e reconhecendo as emoções apresentadas pelos pacientes.

Em conclusão, a psicóloga profissionalizada no propósito de vida pode ter um grande papel na busca de uma vida significativa, baseada no conhecimento da vida das pessoas e o apoio na tomada de decisões que envolvam a identificação de seu propósito de vida. Esse processo também envolve uma análise cuidadosa do contexto em que a pessoa desenvolve-se, abordando questões éticas, emocionais e psicológicas. Por fim, o treinamento especializado deve ser um fator primordial no sucesso desse trabalho, tanto na abordagem teórica como na aplicação clínica, atraindo profissionais da área e estudantes que estejam interessados em buscar desenvolver esta competência.


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